quarta-feira, 10 de dezembro de 2008


Se não fossem as vozes lá fora, eu estaria em silêncio.
Se nao fossem os carros lá fora, eu estaria em silêncio
Se não fosse a TV, o bebê, o motor, o copo, eu estaria em silêncio.
O silêncio é a não presença de som. Mas o silêncio pode se interno...
Pode-se estar em pleno engarrafamento ou num show de rock. E você ainda pode estar em silêncio.
O silêncio, talvez, seja bem maior que o som.
É como estar num dia ameno no parque. Você não sente as horas passarem. Você pode até não sentir, mas o silêncio está ao seu lado, a todo o tempo.
Queria estar no silêncio.
Dentro de mim o silêncio é nítido, mal ouço o coração.
Queria, então, estar num ambiente silencioso, para poder desfrutar da minha alma silenciosa.
E eu o teria. Se não fossem as vozes lá fora...



Pensamentos andam desconexos e minha mao nao consegue acompanha-los. Idéias soltas. Quem as entender, parabéns. Quem as não, somos dois.

Um comentário:

Carlota Vasconcelos disse...

Nossa! Imagine que ontem eu estava numa das minhas viagens semióticas, essas coisas de poeta, escrevendo cá comigo mesma, contemplando a mim mesma, tratando do silêncio...aí chego aqui hoje e encontro esse seu post fabuloso! O silêncio é um dos territórios mais extraordinários. É o tudo e o nada. Melancólico, profundo, cínico (por omitir tantas verdades ou fingí-las). Adorei suas palavras. Beijos Lindoreta! Tenha uma ótima quinta-feira :D